Itaberaba: Enfermeiro dá tapa em recepcionista por causa de máscara no queixo em hospital

 Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Um enfermeiro obstetra deu um rapa no rosto de uma recepcionista nesta terça-feira (23), ao vê-la usando a máscara de proteção no queixo. O caso aconteceu no Hospital Geral de Itaberaba, cidade da região da Chapada Diamantina.

Antes do tapa, enfermeiro e recepcionista discutiram e toda situação foi registrada por imagens de uma câmera de segurança.

No vídeo, a funcionária aparece sentada na recepção, com a máscara no queixo, e o enfermeiro em pé. É possível vê-lo ao lado da mulher e eles começam uma discussão por mau uso da máscara, conforme detalhou em nota a prefeitura de Itaberaba.

Em seguida, a mulher se levanta. O enfermeiro, então, aponta os dois dedos em direção ao rosto da recepcionista e ela empurra as mãos dele. No entanto, ele reage e dá um tapa no rosto da mulher.

O equipamento de proteção já faz parte da rotina dos profissionais de saúde, mas a máscara passou a ser obrigatória para todos após a pandemia da Covid-19, pois conforme destaca a Organização Mundial de Saúde (OMS), ela pode servir como proteção individual para pessoas saudáveis, no contato com infectados, e também para controle coletivo da pandemia.

Sobre o caso no Hospital Geral, a prefeitura de Itaberaba informou que está ciente do fato e que o funcionário foi afastado temporariamente da função até a instauração de uma sindicância para apurar o caso. Além disso, disse que que está prestando assistência à vítima e que não compactua com qualquer tipo de violência.

Ainda na nota, a prefeitura disse que o enfermeiro é servidor efetivo da unidade de saúde desde 2007 e que atuava também como coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). O fato surpreendeu os colegas do profissional, já que ele "é visto como uma pessoa séria, excelente profissional e sempre teve relação cordial".

A gestão municipal informou que a vítima foi encaminhada para a delegacia, junto com uma assistente social do hospital, e que a unidade de saúde acionou o Centro de Referência e Atenção à Mulher (CRAM) para solicitar a devida assistência jurídica.

A vítima trabalha no local como recepcionista desde 2019 e, segundo a prefeitura, "sempre manteve uma postura respeitosa com os colegas e não tem qualquer registro de desentendimento ao longo desse período".