Pedidos de seguro-desemprego caem 1,9% na primeira quinzena do mês de julho

Após disparo nos últimos meses por causa da pandemia do novo coronavírus, os pedidos de seguro-desemprego de trabalhadores com carteira assinada começaram a cair na primeira quinzena de julho. Nos 15 primeiros dias do mês, o total de pedidos recuou 1,9% em relação ao mesmo período do ano passado.Essa foi a primeira queda na comparação quinzenal observada desde o início da pandemia do novo coronavírus.

Na primeira metade do mês, 288.845 benefícios de seguro-desemprego foram requeridos, contra 294.547 pedidos registrados nos mesmos dias de 2019. Ao todo, 67,7% dos benefícios foram pedidos pela internet, contra apenas 1,4% no mesmo período de 2019. Apesar da queda em julho, os pedidos continuam em alta no acumulado do ano, tendo somado 4.239.465 de 2 janeiro a 15 de julho de 2020. O total representa aumento de 13,4% em relação ao acumulado no mesmo período do ano passado, 3.737.327.

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No acumulado do ano, 54,1% dos requerimentos de seguro-desemprego (2.292.092) foram pedidos pelo portal gov.br e pelo aplicativo da carteira de trabalho digital; 45,9% dos benefícios (1.947.373) foram pedidos presencialmente. No mesmo período de 2019, 98,6% dos requerimentos (3.683.540) tinham sido feitos nos postos do Sine e nas superintendências regionais e apenas 1,4% (53.787) pela internet.

Em relação ao perfil das pessoas que solicitaram seguro-desemprego na primeira quinzena de julho, a maioria é masculina (60,6%). A faixa etária com maior número de solicitantes está entre 30 e 39 anos (32,9%) e, quanto à escolaridade, 60,04% têm ensino médio completo. Em relação aos setores econômicos, serviços representou 42,7% dos requerimentos, seguido por comércio (26%), indústria (16,5%) e construção (10,7%).

Os estados com o maior número de solicitações foram São Paulo (90.881), Minas Gerais (31.740) e Rio de Janeiro (24.280) e os que tiveram maior proporção de requerimentos via internet foram Acre (95,6%), Rondônia (87,1%) e Tocantins (85,5%).

Embora os pedidos possam ser feitos de forma 100% digital e sem espera para a concessão do benefício, o Ministério da Economia informou que os dados indicam que muitos trabalhadores continuam aguardando a reabertura dos postos do Sine, administrados pelos estados e pelos municípios, para darem entrada nos requerimentos. O empregado demitido ou que pediu demissão tem até 120 dias depois da baixa na carteira de trabalho para dar entrada no seguro-desemprego. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira, 22, pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, e considera os atendimentos presenciais e os requerimentos virtuais.

*Com Agência Brasil