Auxílio emergencial foi renda única em 4,25 milhões de casas em agosto

A partir de setembro, benefício terá metade do valor e será pago apenas a 56% dos beneficiários que não participam do Bolsa Família

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Em agosto, o auxílio emergencial de R$ 600 (ou R$ 1,2 mil em casos específicos) foi a renda exclusiva em 4,25 milhões de casas. O dado integra o estudo Os efeitos da pandemia sobre os rendimentos do trabalho e o impacto do auxílio emergencial: os resultados dos microdados da Pnad Covid-19 de agosto, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). O trabalho usa dados do IBGE, responsável pela Pnad.

"O papel do Auxílio Emergencial na compensação da renda perdida em virtude da pandemia foi proporcionalmente maior do que no mês anterior", destaca Sandro Sacchet, autor da pesquisa. Em média, segundo o IPEA, os trabalhadores receberam em agosto 89,4% dos rendimentos habituais (2,3 pontos percentuais acima de julho). Já quem atua no setor privado sem carteira assinada ganhou 86,1% do habitual (contra 85% no mês anterior).

A partir de setembro, o auxílio emergencial terá valor menor (R$ 300) e apenas 56,2% dos cadastrados de fora do Bolsa Família vão receber as quatro parcelas. O Ministério da Cidadania informou que 27 milhões de beneficiários receberão a cota de setembro a partir da quarta-feira. Este é o grupo que terá auxílio integral.

Quem receber a partir de outubro fará jus a três parcelas, assim como beneficiários incluídos em novembro sacaram em dois lotes. O auxílio emergencial foi concedido a 48 milhões de pessoas de fora do bolsa família na primeira etapa. Com informações do G1.