Protetor facial não protege contra a covid-19, aponta estudo japonês

Pesquisa é da Universidade Fukuoka no Japão e foi publicada na revista Physics of Fluids

crédito: AFP / Aamir QURESHI

crédito: AFP / Aamir QURESHI

O protetor facial, mais conhecido como "Face shield", não oferece proteção contra o novo coronavírus, uma vez que o espirro de uma pessoa contaminada envia partículas do vírus que podem grudar nas bordas do objeto, mesmo quando a pessoa está a 3 metros de distância. Isso é o que mostra um estudo de pesquisadores da Universidade Fukuoka no Japão, publicado na revista Physics of Fluids.

Para obter os dados levantados, a pesquisa utilizou computadores para visualizar a propagação das gotículas em torno do face shield, a partir de um espirro de um metro de distância. E, foi constatado que "anéis" produzidos pelo espirro transportam partículas infecciosas para o protetor facial em menos de um segundo.

Assim, os pesquisadores concluíram que se essa onda de partículas disseminadas coincidir com o tempo de respiração da pessoa que utiliza o face shield, ela pode ser infectada com a covid-19.

Recentemente, outra pesquisa, realizada pela Universidade Florida Atlântico, indicou também que as máscaras são mais eficientes contra a doença, quando comparadas às face shieds.

Simulações feitas também com espirros e tosses, mostraram que o protetor facial bloqueia as secreções, mas as gotículas passam sob o visor com facilidade e se espalham em grande área, podendo levar à contaminação.

Dessa forma,a pesquisa sugeriu que para minimizar a disseminação da covid-19 é preferível usar as máscaras tradicionais de tecido cirúrgico, em vez das face shield ou das máscaras com válvulas.