Petrobras diz que não avalia congelar preços após medida dos estados

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

O diretor de Comercialização e Logística da Petrobras, Cláudio Mastella,negou, nesta sexta-feira, 29, que a estatal avalia congelar o preço dos combustíveis. De acordo com ele, a medida geraria um "descompasso" com o mercado internacional, o que causaria um prejuízo para a companhia.

A afirmação do dirigente acontece no mesmo dia que o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), formado pelo governo e representantes dos estados, aprovou o congelamento por 90 dias o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estadual cobrado nas vendas de combustíveis.

"Não estamos cogitando congelar preços. Fazer isso significa descolar o combustível brasileiro do preço internacional, fazendo o preço do país ficar desconectado. Isso tornaria dois problemas: por um lado o mercado desabastecido ou a Petrobras tendo que suprir 100% do mercado com um custo mais elevado. Ainda por cima isso vai contra a legislação e os movimentos de trazer mais competição e investimento para o mercado brasileiro", disse Cláudio Mastella.

Durante coletiva imprensa, o presidente da Petrobras Silva e Luna disse em resposta ao questionamento de que as medidas tomadas pela companhia buscam "ajudar" os caminhoneiros, "os mais vulneráveis", segundo o presidente. Ele garantiu também que não se sente pressionado no cargo.

"Acompanhamos sempre com atenção e tentamos o máximo de eficiência para ajudar os mais vulneráveis, os caminhoneiros e os que dependem desses produtos. Também participamos de conversas para entender como o congresso pode melhorar a situação. Sabemos que o congresso e o governo estão estudando soluções, que busca ajudar os caminhoneiros. E a Petrobras está atenta. No sentido de me sentir pressionado não, mas eu recebo esse impacto e vejo como a Petrobras pode ser ainda mais sensível a tudo que está acontecendo", destacou Silva e Luna.