Caracol exótico e destrutivo surge no Brasil e preocupa pesquisadores

Espécie invasora de caracol indiano foi registrado pela primeira vez no Brasil - Foto: Arquivo pessoal/Larissa Teixeira

Espécie invasora de caracol indiano foi registrado pela primeira vez no Brasil �- Foto: Arquivo pessoal/Larissa Teixeira

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) estudam o surgimento, pela primeira vez, de uma espécie de caracol indiano que pode causar impactos negativos e destruição às plantações no Brasil. A preocupação se deve ao fato de que, em lugares onde a espécie não é nativa, o caracol age como praga agrícola, destruindo plantações por falta de predadores naturais.

O primeiro indivíduo da espécie Macrochlamys indica encontrado em solo brasileiro foi visto no Parque dos Ingás, em Maringá (PR), em 2019, conforme os registros dos pesquisadores. A espécie foi tratada como invasora no parque e levada até o grupo de pesquisadores da Unesp para ser estudada, quando a aparição foi descoberta.

A mestre em biodiversidade Larissa Teixeira, de 25 anos, é a coordenadora dessa pesquisa, que parte de um grupo do Laboratório de Ambientes Insularizados (LABIN) da Unesp em São Vicente. "É uma invasão bem recente. Para a comunidade científica, esse caracol não tem registros confiáveis ainda", relatou.

Até o momento, ele já foi registrado em Cubatão e Santos, no litoral de São Paulo, e em Maringá e Matinhos, no Paraná. Por conta disso, Larissa decidiu publicar nas redes sociais um alerta, pedindo que os usuários que tivessem contato com a espécie enviassem fotos e a localização do encontro aos pesquisadores para o e-mail [email protected].

"Me chama e manda foto por e-mail, para que a gente possa identificar se é realmente um caracol indiano ou uma espécie nativa. Estamos tentando mapear onde esses caracóis estão para a gente conseguir fazer um mapa da distribuição da espécie", explica Larissa.

Segundo a especialista, a espécie é invasora e pode competir com a fauna local, ocupando o espaço de espécies nativas e, também, causando danos à agricultura por falta de predadores. "Pode causar um estrago muito grande principalmente em jardim e em horticultura". O grupo ainda estuda para ver quais impactos ele pode causar no Brasil.

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