Justiça determina suspensão do Telegram após app não entregar dados completos sobre neonazistas à PF

Foto: divulgação

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A Justiça Federal determinou que as operadoras de telefonia e lojas de aplicativos retirem o aplicativo de mensagens Telegram do ar imediatamente. A decisão foi publicada na tarde desta quarta-feira (26), após a plataforma não entregar à Polícia Federal todos os dados sobre grupos neonazistas da plataforma pedidos pela corporação. As informações foram publicadas pelo g1.

A PF exige os contatos e dados dos integrantes e administradores de um grupo com conteúdo neonazista. Porém o Telegram não entregou todos os dados solicitados e não forneceu os números de telefone dos indivíduos. A havia exigido os dados para apurar as conexões e se houve influência no crime em Aracruz.

"Observou a autoridade policial que o menor infrator era integrante de grupos de Telegram de compartilhamento de material de extremismo ideológico, cuja divulgação de tutoriais de assassinato, vídeos de mortes violentas, tutoriais de fabricação de artefatos explosivos, de promoção de ódio a minorias e ideais neonazistas", diz trecho do pedido de quebra de sigilo telemático da PF.

Além de determinar a suspensão do aplicativo, a Justiça ampliou a multa aplicada ao Telegram por não entregar os dados de R$ 100 mil para R$ 1 milhão por dia de recusa em fornecer os dados.

As empresas de telefonia Vivo, Claro, Tim e Oi e o Google a Apple, responsável pelas lojas de aplicativos Playstore e App Store vão receber o ofício sobre a suspensão do Telegram ainda na tarde desta quarta, segundo a PF.