Executivo e Judiciário tomam medidas para impedir que big techs façam campanha contra PL das fake news

Foto: Mateus Bonomi/Anadolu Agency/Getty Images

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Enquanto a Câmara dos Deputados não define se votará ainda nesta terça-feira (02) o PL 2630, das fake news, os poderes Executivo e Judiciário intensificam ações em uma contraofensiva às big techs, que nos últimos dias saíram a campo defendendo a rejeição ao projeto.

Na tarde desta terça, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que os presidentes do Google, da Meta, do Spotify e do Brasil Paralelo prestem depoimento à Polícia Federal, em até cinco dias, para que esclareçam o motivo de ter autorizado mecanismos que, segundo ele, podem contribuir para possíveis desinformações contra o PL das Fake News.

Alexandre de Moraes, em sua decisão, ordenou que as plataformas de redes sociais tirem do ar todos os "anúncios, textos e informações" com ataques ao projeto 2630. A restrição imposta pelo ministro vale para todas as publicações que se referem ao texto como "PL da Censura". A multa em caso de descumprimento da decisão é de R$ 150 mil por hora.

Também nesta tarde de terça-feira, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça determinou que a empresa Google cumpra, imediatamente, uma série de medidas cautelares para corrigir os indícios de que estaria manipulando informações e promovendo o debate contra o PL das Fake News. Segundo a Senacon, foi instaurado processo administrativo pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor para apurar os indícios de que o Google "divulgou publicidade política irregular, de forma subliminar, infringindo o Código de Defesa do Consumidor".

O órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou ainda ao Google que comece a veicular, em até duas horas após ser notificada da decisão, as posições favoráveis ao projeto de lei das fake news. Se descumprir as determinações da Senacon, a empresa será multada em R$ 1 milhão por hora.

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