Estiagem prolongada provoca morte de animais e prejudica agricultura de Santo Estêvão

Agricultores de Santo Estevão sofrem os impactos da estiagem prolongada que atinge, principalmente, a zona rural. Eles afirmam que esta é a pior seca observada nos últimos 40 anos e pedem que seja decretada situação de emergência no município.

Segundo os produtores rurais, a estiagem trouxe prejuízos para cerca de 10 mil agricultores da localidade. A produção de milho, por exemplo, que é destaque por passar de 210 toneladas anuais, em média, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi totalmente perdida em 2023.

"A gente perdeu todo o plantio de milho e feijão, e as pastagens que se refizeram também não foram à frente porque as sementes não se desenvolveram. Estávamos vivendo de cactos, mas hoje a gente vê que já não tem mais". A situação a cada momento se agrava", disse Arlinda Oliveira, representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais.

Além das perdas no plantio, animais também estão morrendo, por falta de água e comida. "A gente estava dando palma para os bichos, mas até a palma, que é resistente, secou. A devastação está grande", disse o agricultor Valdomiro Epifânio.

Para lidar com os efeitos da estiagem prolongada, os agricultores pedem que o Governo Municipal solicite ao Governo Estadual que seja decretada situação de emergência no município. Eles fizeram uma assembleia, nesta terça (19), e cobraram providências ao poder público.

A prefeitura de Santo Estevão afirmou que a medida foi solicitada e a previsão é de que passe a valer a partir do dia 2 de janeiro de 2024, com duração de três meses, que podem ser prorrogados, a depender da necessidade.