Auxílio emergencial: quem receber 1ª parcela não terá garantia de receber as demais. Entenda

Governo cruzará dados para reavaliar mensalmente se a pessoa terá direito ao restante dos pagamentos. MP abre espaço para mais de quatro meses do benefício

Publicada na quinta-feira em edição extra do Diário Oficial da União, a medida provisória (MP) que autoriza a nova rodada do auxílio emergencial abre a possibilidade para que o benefício seja pago por mais de quatro meses. Mas os beneficiários devem estar atentos às regras: quem receber a primeira parcela não necessariamente continuará a receber o dinheiro nos meses seguintes.

O direito aos pagamentos será reavaliado mensalmente. Caso a pessoa consiga um emprego, por exemplo, será excluído da lista de beneficiários. No ano passado, muitas pessoas que não deveriam receber o auxílio acabaram sendo beneficiadas por falhas no cruzamenro de dados. E terão que que devolver o dinheiro neste ano.

O valor do novo auxílio será de R$ 250, mas mulheres chefes de família receberão uma parcela maior, de R$ 375. Quem mora sozinho fará jus a R$ 150 por mês. Só uma pessoa por domicílio poderá receber os valores.

A previsão inicial é de quatro parcelas. Mas o texto da MP destaca que há possibilidade de extensão dos pagamentos, condicionada à disponibilidade de recursos.

Em entrevista ao GLOBO, o ministro da Cidadania, João Roma, reconheceu que valor do benefício não é "ideal" e prometeu calendário do auxílio emergencial para semana que vem e elevar Bolsa Família em agosto.

De acordo com a proposta de emenda à Constituição (PEC) que detravou a nova rodada do auxílio, os novos repasses serão limitados a R$ 44 bilhões, mas integrantes da equipe econômica não descartam ampliar esse valor, caso seja necessário.