Com vetos, Bolsonaro sanciona ajuda financeira ao setor de eventos

O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou nesta segunda-feira, 3, com vetos, o projeto aprovado pelo Congresso Nacional que prevê ajuda financeira ao setor de eventos durante a pandemia de Covid-19. A proposta foi provada no mês passado, segundo o governo, vem socorrer o setor mais atingido pelas medidas de isolamento. Mais uma vez, o presidente defendeu a necessidade de pensar na saúde sem descuidar da economia e comemorou o fato de ter, segundo ele, garantido um apoio importante. “Para nós, para o Executivo, interessa que a economia funcione, o Brasil volte à normalidade. Até aproveito o momento para cumprimentar o Fernando Henrique Cardoso, que disse que o comércio tem que abrir, tem que volta a funcionar. Coisa que eu falava desde maro do ano passado, mas é bem vindo esse reconhecimento por parte da maior liderança do PSDB no Brasil.”

A proposta de auxílio ao setor de eventos passa por quatro eixos: a possibilidade de renegociação das dívidas; redução de impostos, que foi vetada pelo presidente, uma vez que para reduzir impostos de um setor seria necessário aumentar a carga tributária de alguma outra atividade; e duas novas linhas de crédito. O secretária especial de produtividade da Economia, Carlos da Costa, ressaltou a importância de ajudar o setor nesse momento. “Alguns eventos já podem começar desde que seguindo os protocolos, os cinemas em algumas cidades já estão voltando, seguindo protocolos. Isso é algo que depende da responsabilidade e das decisões de prefeitos e governadores.”

O ministro da Economia, Paulo Guedes, também falou sobre a importância da ajuda financeira para manter a economia funcionando. Ele ressaltou como ponto positivo a democratização do acesso ao crédito no país. “Queremos deixar a palavra de confiança para essa turma aqui, que caiu e está com dificuldade de se levantar. A economia brasileira já voltou em "V", arrecadação recorde nos últimos meses, geração de emprego forte, também índices de atividade econômica acima do esperado. Então a economia realmente está voltando e é só um ponto de paciência com essa turma que estamos chegando para ajudar também”, disse. Segundo o ministro, pela primeira vez 48% dos recursos beneficiaram as micro e pequenas empresas o que abriria espaços para uma forte recuperação.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin