Pedidos de seguro-desemprego recuam 11,6% e indicam queda dos efeitos da pandemia no mercado

O pedido de seguro-desemprego recuou 11,6% nos primeiros 15 dias de setembro, em comparação com a última quinzena de agosto, segundo dados do Ministério da Economia divulgados nesta quinta-feira, 24, indicando o arrefecimento dos impactos da Covid-19 no mercado de trabalho. Na primeira quinzena deste mês, foram registradas 218.679 requerimentos, ante 247.445 no período anterior, queda de 28.766 pedidos. Em todo o mês de agosto foram feitos 463.835 solicitações. No acumulado desde o início do ano foram 5.203.703 requerimentos do benefício, alta de 6,7% em comparação com o mesmo período de 2019, quando foram registradas 4.876.556 solicitações. De todos os pedidos de seguro-desemprego feitos neste ano, 55,9% foram pela internet. No ano passado, a solicitação online representou 1,6% dos pedidos. O estado de São Paulo lidera o número de querimentos, com 65.358 solicitações nos primeiros 15 dias do mês. Atrás vem Minas Gerais, com 24.129 pedidos e Rio de Janeiro, totalizando 17.420. Na outra ponta, Roraima teve o menor número de pedidos, com 348 requerimentos, seguido pelo Acre, com 441 e Amapá, que somou 476 pedidos do benefício.

O volume de pedido do seguro-desemprego é um dos termômetros usados para medir o desempenho econômico do país. No mês de maio, no auge da crise causada pelo novo coronavírus, foram registradas 960.309 solicitações, o maior volume do ano, 28,3% a mais do que abril, o segundo mês com o maior número de pedidos, com 748.540. O índice começou a cair a partir de junho, quando foram feitos 653.174 requerimento. Em julho foram 570.602 pedidos. Agosto encerrou com 12,9 milhões de pessoas desempregadas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 3 milhões a mais do que o registrado no início de março, antes do endurecimento das medidas de isolamento social em meio à pandemia.

Leia também

Argentina: Taxa de desemprego sobe para 13,1% no segundo trimestre

Guedes defende desoneração da folha e criação de tributos alternativos

Análise: Desemprego e retomada econômica lenta afastam risco de inflação alta em 2021