Mobilização nacional reunirá prefeitos baianos em Brasília

Segundo presidente da UPB, ZĂ© CocĂĄ, participação dos gestores da Bahia serĂĄ em bom nĂșmero

Foto: Ascom/ UPB

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Em busca de solução para a crise nos municĂ­pios, gestores pĂșblicos de todo o Brasil participarão nesta terça e quarta-feira (09 e 10) da mobilização municipalista, em BrasĂ­lia. O presidente da União dos MunicĂ­pios da Bahia (UPB), Zé CocĂĄ, ressaltou que os prefeitos farão um apelo a deputados e senadores pela aprovação de matérias urgentes que tramitam nas duas casas legislativas, Câmara e Senado, e tĂȘm impacto na administração local. A mobilização é convocada pela Confederação Nacional de MunicĂ­pios (CNM), com o apoio das associações municipalistas estaduais, entre elas a UPB.

Segundo Zé CocĂĄ, a participação dos gestores da Bahia serĂĄ em bom nĂșmero. "Mais de 150 prefeitos baianos jĂĄ confirmaram presença e a nossa expectativa é fazer uma grande mobilização para aprovar propostas que beneficiam diretamente os municĂ­pios mais pobres do Norte e Nordeste, como é o caso do parcelamento da dĂ­vida da previdĂȘncia, em 240 meses. Vamos fazer pressão para que os municĂ­pios sejam ouvidos", explicou o gestor, que é prefeito de Jequié no sudoeste baiano.

De acordo com o presidente da UPB, o parcelamento da dĂ­vida dos municĂ­pios com a previdĂȘncia é "crucial" para o equilĂ­brio fiscal dos municĂ­pios. Ele relata que as prefeituras passam por uma grave crise financeira e perderam a capacidade de investimento. "Como é que um prefeito se elege e não consegue fazer uma Ășnica obra com recurso próprio porque tudo que o municĂ­pio arrecada é para pagar dĂ­vida? Essa situação precisa mudar e estaremos em BrasĂ­lia para cobrar o apoio dos deputados e senadores por uma solução ainda este ano", afirma Zé CocĂĄ.

Demandas urgentes

A pauta prioritĂĄria dos municĂ­pios contempla os seguintes pontos: o parcelamento da dĂ­vida previdenciĂĄria em 240 meses, incluĂ­do na PEC 23/21 (PEC dos Precatórios); a aprovação da PEC 122/2015, que impede a criação de obrigações aos municĂ­pios sem apontar fonte orçamentĂĄria; a PEC 13/2021 da não obrigatoriedade do investimento mĂ­nimo constitucional na educação, durante a pandemia em que as escolas estiveram fechadas; o Projeto de Lei (PL) 3339/2021 sobre a regulamentação do Fundeb e o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 290/2019, que exclui as organizações sociais do limite de gasto com pessoal.