"Se houver segunda onda, prorrogação de auxílio é uma certeza", diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, nesta quinta-feira, 12, que, se houver uma segunda onda de contágio do novo coronavírus no Brasil, a prorrogação do auxílio emergencial será uma certeza. A declaração foi dada no evento online organizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). “Prorrogação do auxílio emergencial se houver segunda onda não é possibilidade, é certeza. Se houver segunda onda da pandemia, o Brasil reagirá como da primeira vez. Vamos decretar estado de calamidade pública e vamos recriar auxílio emergencial”, disse. Segundo o ministro, porém, essa não é a expectativa da equipe econômica. “O plano A para o auxílio emergencial é acabar em 31 dezembro e voltar para o Bolsa Família. A pandemia descendo, o auxílio emergencial vai descendo junto. A renovação do auxílio emergencial não é nossa hipótese de trabalho, é contingência”, acrescentou.

Guedes voltou a dizer que o plano da equipe econômica era que o auxílio emergencial “aterrissasse” no Bolsa Família ou Renda Brasil, o que ainda está em estudo. “Politicamente, o programa Renda Brasil não foi considerado satisfatório pelo presidente. No meio da eleição, não era hora de ter essa discussão”, avaliou.

Leia também

Covid-19: Farmacêutica alemã planeja ter vacina mais barata em 2021

Serviços crescem 1,8% em setembro, mas ainda não recuperam perdas da pandemia

Alimentos mais caros pressionam custo de vida das famílias mais pobres em outubro, diz Ipea

O ministro também disse que oBrasil passou por uma ameaça de “caos social”, que não ocorreu porque não houve desabastecimento de produtos nas prateleiras dos supermercados. “Brasil resistiu porque o campo seguiu produzindo e rede de supermercados manteve a população abastecida nesse período. As redes de supermercados mantiveram a economia em funcionamento”, afirmou. O ministro voltou a dizer que a economia está voltando com força “como um urso que estava hibernando”. Ele afirmou que a arrecadação de impostos neste mês está “extraordinária”, assim como outros indicadores antecedentes. “Mesmo sendo otimista, me surpreendeu a velocidade com que a economia brasileira está voltando”, completou.

*Com Estadão Conteúdo