PF conclui que Bolsonaro cometeu crimes por divulgar fake news sobre Covid-19

Foto: Marcos Corrêa/PR

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A Polícia Federal (PF) encaminhou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, um relatório que consta que o presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu crimes durante o pico da pandemia de Covid-19. As informações são a CNN Brasil.

"Finalizamos a presente investigação criminal concluindo-se pela existência de elementos probatórios concretos suficientes de autoria e materialidade para se atestar que Jair Messias Bolsonaro e Mauro Cesar Barbosa Cid, em concurso de pessoas, cometeram os delitos de "provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto", previsto do art. 41 da Lei de Contravenções Penais, bem como de "incitação ao crime", previsto no art. 286 do Código Penal Brasileiro", diz trecho do documento, assinado pela delegada Lorena Lima Nascimento.

De acordo com o documento da PF, o mandatário do Brasil foi intimado a depor, na pessoa do Adjunto do Advogado-Geral da União, Bruno Luiz Dantas de Araújo Rosa, mas optou por exercer "seu direito constitucional de permanecer calado".

A CNN ainda revelou que as investigações feitas pelo órgão federal menciona a live semanal realizada por Bolsonaro no dia 21 de outubro de 2021. Na ocasião, o presidente afirmou, sem respaldo científico, que os "totalmente vacinados contra a Covid-19? estariam "desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida muito mais rápido que o previsto".

Bolsonaro também teria associado o uso de máscaras à morte causada pela contaminação por gripe espanhola. À época, o uso do equipamento de proteção individual era obrigatório no país, por determinação da Organização Mundial de Saúde (OMS).